Arquivo para junho, 2008

Muito interessante!

Posted in Coisas bem legais... on 27 06 08 by guiroque

foto: http://www.joaobarcelos.com.br/casa_branca.jpg

 

 

Nunca me esqueci deste texto. O li pela primeira vez quando estava na quinta série. Guardo-o comigo até hoje. Excelente!

O VENENO

Estranha é a cabeça das pessoas.

 

Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível, um ipê amarelo. Na época de floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores, esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:

 

– Matei mesmo essa maldita árvore.

 

– Por quê?

 

– Por que na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.

 

Um choque, espanto.

 

                   

  (Ignácio de Loyola Brandão, Manifesto Verde)

Um poema policial…

Posted in Uns poemas... on 27 06 08 by guiroque

foto: http://www.helderdarocha.com.br/literatura/poe/dore7.jpg

  

Um dos casos,

Seja crime ou não,

Está aqui na minha mão.

 

Começo a escrevê-lo,

Paro e penso:

E agora? O que eu faço?

 

Mudo o fim?

Começo de novo?

E agora? Preciso solucionar isso já!

 

O frio de Londres,

Uma xícara de chá bem quente,

Um envenenamento ou um acidente?

 

Que tal um tiro?

Quem sabe uma tortura?

Ou talvez a loucura?

 

Suicídio? Não, comum demais!

Ambição? Também não!

É isso: sua morte será meu livro!

 

                                    (Guilherme Roque)

Medalhas!

Posted in Listas e tal... on 27 06 08 by guiroque

 

As mais gatas na minha humilde opinião:

 

Ouro – JÉSSICA ALBA

 

Sempre foi e sempre será dela! A mais linda e perfeita!

 

 

foto: http://beijotchau.files.wordpress.com/2007/09/jessica_alba2.jpg

  

Prata – ANNE HATHAWAY

 

Nossa! Demais também! Muito gata!

 

 

foto: http://i99.photobucket.com/albums/l283/silviaxpto/Anne_Hathaway_016.jpg

  

Bronze – SAMARA FELIPPO

Além de ser uma excelente atriz, ela é sensacional!

foto: http://ego.globo.com/Entretenimento/Ego/foto/0,,10813685-EX,00.jpg

 

 

História: Minha prova de amor.

Posted in Crônicas e umas historinhas aí... on 25 06 08 by guiroque

foto: http://i70.photobucket.com/albums/i110/felizes/diario_de_um_paroco.jpg

 

Fazia de tudo por ela. Se fosse preciso buscaria a lua por aquela mulher. O sol, as estrelas, o mar, o universo, nada me importava. Sua presença era o que bastava para me aquecer e me alegrar. Meu pensamento estava fadado para sempre naquele lindo sorriso, nos cabelos macios e sedosos e no perfume doce e suave da minha amada.

 

Mas eu errei. Para mim foi uma prioridade, uma obsessão de sempre colocá-la em primeiro plano na minha vida, de sempre pensar nela, de sempre agradá-la, de querer ficar ao lado daquela que era minha razão de existir.

 

Tudo foi em vão.

 

Ela simplesmente disse que não queria mais e para eu tentar ser feliz. Foi o fim! Por quê?! Por quê?! Fiz de tudo por ela. Dedicava-me ao máximo para ter a felicidade e o bem-estar da minha amada mesmo que custasse o meu bem-estar, a minha família, os meus amigos, a minha vida! Abdiquei o mundo só para viver em função daquela que era meu norte, minha existência!

 

Tudo perdido! Solidão, medo, angústia, depressão, saudade, loucura, obsessão. Ela destruiu a minha vida. Não tenho mais nenhum motivo para estar aqui. Eu quero o amor dela de volta! Eu preciso!

 

O tempo passou, ela se casou com outro e a única forma de esquecer todo o sofrimento que se instalava em mim era colocar um fim nisso! A solução estava na minha casa, guardada em uma gaveta qualquer.

 

Tentei mais uma vez, mas ao simplesmente olhá-la de longe sentia que ela estava feliz com seu marido. Muito mais feliz do que era comigo. Um sorriso mil vezes mais belo, mais amoroso, mais sincero do que quando ela estava ao meu lado. Por quê?!

 

Não adianta. Nunca mais a terei em meus braços, nunca mais poderei protegê-la, beijá-la, acariciá-la com toda a ternura do mundo. Tudo isso era só um desejo que jamais se realizaria.

 

Decidi! Basta! Não quero presenciar a cada dia os sorrisos que saem da boca que eu mais quero beijar, sendo que não sou mais o homem que pode tê-la nos braços. Qualquer coisa era melhor do que ver outro se aproximando da minha amada, tomando-a nos braços e a protegendo. Isso é o que eu quero fazer! Não! Ele não pode! Tem que ser eu! Eu!

 

Matei-o! Vitória!

 

Maldito! Você poderia ter tomado tudo de mim, tudo! Minha família, meu dinheiro, meus amigos, tudo! Mas ela não! Ela é minha! Minha!

 

Foi bom ver o sangue daquele infeliz escorrendo garganta abaixo. Estava satisfeito. Agora ela era só minha, minha e de mais ninguém. Nós não precisamos de mais nada. Somente um do outro. Eu quero esquecer minha vida, preciso somente dela, nada mais importa.

 

Outra vez fui castigado. Por que tanta desgraça para mim?! O que eu fiz?! Matei?! Sim, mas mataria quantas vezes fossem necessárias somente para tê-la comigo. Eu não ligo. Podem me condenar, não importa. O que me importa é só o amor dela. Só isso! Nem minha vida me importa, só ela! Ela!

 

Contei que matei aquele desgraçado para livrá-la daquela união forçada e que agora poderíamos ser felizes. Ela me rejeitou, me ofendeu, disse que não me amava e que antes até tinha um carinho por mim, mas agora tudo o que sente ao me ver é ódio, asco, raiva.

 

Não! Não podia estar acontecendo! Aquelas palavras estavam carregadas com amargura, repulsa e nojo. Tentei beijá-la. Era só uma confusão, tinha certeza, iria passar. O verdadeiro amor dela sou eu! Eu sei que ela só está confusa, só isso. Eu entendo. Mas ela vai me amar. Vai me amar! Tem que me amar!

 

Um beijo. Era só disso que ela precisava para saber definitivamente que quem a merece de verdade sou eu. Ela fugiu, se esquivou. Ofendia-me, me dizia palavras que nunca poderia imaginar.

 

Não adiantava. Eu tentei! Tentei de todas as formas abrir seus olhos, guiá-los para a verdade: que sou eu o verdadeiro amor dela!

 

Não suportava mais! É melhor acabar com isso de uma vez! Não há por que viver senão for com ela. Ela e eu precisávamos descansar eternamente. É isso o que eu vou fazer! Vou lhe dar a minha maior prova de amor! Mostrar que o que sinto por ela ultrapassa os limites dessa vida banal, insípida.

 

Matei-a! Aquele sangue doce e vermelho jorrava de seu peito. Mas não importa! Nossas almas vão estar juntas para sempre. Tinha apontado para o coração e puxei o gatilho. A dor não importava. Só a imagem do corpo da minha amada à espera do meu! Enfim estávamos juntos!

 

Peguei-a no colo e a levei para casa. Ela finalmente é minha! Minha maior prova de amor. Eu te amo querida. Para todo o sempre.

Por que ter medo? Ela virá de qualquer jeito.

Posted in Uns poemas... on 24 06 08 by guiroque

foto: http://www.anjo-da-morte.blogger.com.br/Rosa%20Negra.JPG

 

Insônia,

Insônia,

E mais insônia.

 

Sem sono,

Cansado,

Angustiado.

 

Lendo,

Escrevendo,

Pensando…

 

Que horas são?

Hora da minha ilusão.

E agora?

A morte já está na minha porta.

 

É o fim?

Talvez sim talvez não…

 

                       (Guilherme Roque)

 

Jéssica Alba!

Posted in Coisas bem legais... on 24 06 08 by guiroque

foto: http://nuvensdaalma.blogspot.com/2007_08_01_archive.html

 

Jéssica Alba!

 

Não precisa falar mais nada né não?!

 

Simplesmente A MELHOR!

Com certeza isto vai te animar…

Posted in Coisas bem legais... on 24 06 08 by guiroque

foto: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2007/08/150_2027-ARLETE.jpg

 

 

Lembrei do que foi dito em um episódio do Toma Lá Dá Cá:

 

“Pior do que está sempre pode ficar!”

                                           (Copélia – Arlete Salles)

Alguns games que marcaram época! – Parte II

Posted in Listas e tal... on 24 06 08 by guiroque

foto:http://www.coolrom.com/screenshots/genesis/Streets%20of%20Rage.gif

Dando continuidade à lista dos games, aqui vai:

 

6 – STREETS OF RAGE – Mega Drive

 

Clássico do Mega! Muito bom!

 

Trata-se de três policiais que têm a missão de deter uma gangue que aterroriza uma cidade (não me lembro qual, talvez Nova York). Dava para jogar de dois. A diversão que esse jogo trazia é inesquecível!

 

Começávamos pelas ruas da cidade, depois lembro que tinha uma fase em um navio e mais adiante numa fábrica e depois no elevador. Muito show!

 

Os inimigos eram personagens típicos da periferia urbana: os punks, garotas de boate, motoqueiros, alguns lutadores de caratê e kickboxers; enfim, todas essas “gangues” de rua eram representadas no jogo.

 

Sem contar também que durante o caminho, encontrávamos dentro das cabines telefônicas e de uns tambores de lata, garrafas, pedaços de cano para batermos nos carinhas, bombinhas de fumaça e facas. E os franguinhos? Era um tal de “deixa pra mim!”, “Não! Deixa esse pra mim!”.

 

Era muito bom derrotar os chefões. Mas tinha um que enchia o saco! Não sei se era o primeiro ou o segundo, mas era um com garras, que qualquer coisa você já caia no chão. Sem contar também aqueles palhaçinhos do decorrer das telas que atiravam bastões com fogo. Nossa! Esses eram chatos de matar!

 

Mas é isso. Streets of Rage dá de dez a zero em muitos jogos por aí!

 

7 – ALADDIN – Mega também

 

Outro joguinho legal!

 

O Aladdin pulando as brasas que ficavam no chão, subindo nas cordas, desviando dos vasos que jogavam pelas janelas, lutando contra os soldados e os atiradores de faca; sem contar os camelos que toda vez que pulávamos nas corcovas deles eles vomitavam alguma coisa que servia para matar os soldados. Muito legal!

 

A trilha sonora do filme, o cenário bem Arábia mesmo… Show de bola!

 

8 – THE KING OF FIGHTERS 97 – “Fliperamas dos botecos da vida”

 

“Round one!”, “Ready!”, “Go!”.

 

Quantas moedas gastas para comprar fichas!

 

KOF 97 era um vício danado aqui com a mulecada. Éramos o pessoal da rua, meus primos e eu no bar aqui da esquina gastando todos os míseros 25 centavos que tínhamos para comprar fichas e mais fichas.

 

Escolhi falar do KOF 97 porque, em minha opinião, foi o melhor! Sei que existem outros muito bons também; mas o 97 foi o que marcou época. Ele apresentou um novo estilo, uma nova animação. Era o que eu mais jogava.

 

Eu jogava, modéstia parte, muito bem com a King (aquela lutadora de Muay Thai que usa um smoking vinho), um primo meu era viciado com o Terry (“Power cha!”), ele sempre ganhava. Também tinha muitos outros, dentre eles: Leona, Shermie, Yashiro, Mai, Blue Mary, Joe, Kim e claro, Iori e Kyo.

 

The King 97 era muito dez no fliperama! Tempo bom viu!

 

9 – METAL SLUG I – Play I

 

Na verdade, dessa série só joguei o primeiro, é show de bola!

 

Joguei o Metal Slug pela primeira vez no sítio de um tio meu no Arujá. Depois de passar horas na piscina, era a vez de se divertir no videogame.

 

Não me lembro muito bem, sei que tinha uns carinhas que às vezes apareciam amarrados em um poste sendo assados e quando a gente os salvava ganhávamos armas, essas coisas. Tinha também um tanque de guerra que podíamos usar durante alguns instantes do jogo. Ah! E claro: as armas e os gritos dos soldados inimigos sendo carbonizados! “Uah!”

 

10 – TIME COMMANDO – Para o PC

 

Não sei se todo mundo conhece esse game, mas tenho que falar dele.

 

Tenho o CD até hoje, e olha que esse jogo é do meu irmão. Acho que ele nem desconfia que esteja comigo.

 

Se não me engano, meu irmão comprou esse jogo em uma promoção que a Folha de S. Paulo ou o Estadão fizeram há uns anos atrás. Você comprava o jornal e mais um pouco levava um game a cada semana.

 

A história é a seguinte: o personagem do jogo viaja pelo tempo para impedir que um vírus do futuro espalhe o planeta em várias dimensões. Você começa na pré-história e vai viajando por cada era até chegar no futuro.

 

Legal também eram as armas. Na Roma Antiga usávamos lanças e adagas; no Japão tínhamos umas armas ninjas como shurikens, katanas, foices e aquelas espadas de samurais; quando estávamos na Idade Média usávamos clavas, espadas e escudos; já no Faroeste era a vez das pistolas e dinamites. Os inimigos também eram bacanas. Por exemplo, no começo do jogo, na pré-história, tinha um urso e um tigre dentes de sabre; na Idade Média tinhamos de enfrentar uma feiticeira e um demônio; enfim, toda a “carga cultural” de cada época foi muito bem representada no Time Commando.

 

Só espero que meu irmão não sinta a falta desse game e o queira de volta.

 

Valeu para quem leu essa lista! Próximas já estão a caminho!

Crônica: Meio perdido?

Posted in Crônicas e umas historinhas aí... on 16 06 08 by guiroque

foto: http://michelccc.files.wordpress.com/2008/03/perdido.jpg

 

“Essa vida é um problema!”, “Mas sem problemas a vida não teria graça!”, essas são palavras de uma tia minha.

 

Às vezes paro e penso nisso que ela fala. E não é que ela tem razão! O que seria da vida sem problemas? Sem angústias? Sem ansiedades? Acho que nada. Assim não teria a mínima graça. Seria sem tempero.

 

Aproveitar as coisas boas que surgem é uma grande habilidade! Reclamar de tudo é uma característica humana!

 

E agora?!… Ser feliz com o que tenho? Ou reclamar do que não tenho?

 

Dúvida cruel não é?! Mas prefiro aproveitar o que tenho. Melhor do que ficar perdido!

Um escritor em crise…

Posted in Uns poemas... on 16 06 08 by guiroque

foto: http://www.simplescidade.com.br/wp-content/fumaca_tratada.jpg

 

Um cigarro,

Um café,

Nenhuma idéia.

 

Mais um cigarro,

Mais um café,

E nenhuma idéia ainda.

 

Troco o dia pela noite,

A madrugada já não me ajuda mais.

Minha inspiração não vem,

Não sei o que me satisfaz.

 

Já sei:

Outro cigarro,

Outro café e

Nenhuma idéia mais.

 

O barulho da chuva na telha,

O silêncio das 3 da manhã.

Um maço que se foi,

E a vontade de escrever passou…

 

                                    (Guilherme Roque)